Vice-presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa
(FPME), o senador Armando Monteiro participou, nesta quinta-feira (03),
do 18º Congresso Brasileiro e 2º Congresso Estadual do segmento, no Mar
Hotel, no Recife. Ao lado de outros membros da FPME, o senador falou
para mais de 700 pequenos empreendedores sobre as ações no Congresso
Nacional voltadas para o setor.
Dizendo reconhecer conquistas importantes na Lei Geral das Micro e
Pequenas Empresas, sancionada pelo então presidente Lula em 2006, e no
Projeto de Lei Complementar (PLC 77/2011), que estabeleceu mudanças no
Simples, o senador disse que ainda são necessários avanços que permitam
um ambiente melhor aos pequenos empreendedores. “Nós estamos hoje na
Comissão de Assuntos Econômicos com um Projeto de Lei do Senado (PLS
467), que vai nos permitir trabalhar uma série de questões não
contempladas pelo PLC 77”, antecipou.
Dentre as propostas lembradas por Armando está a inclusão de novos
segmentos profissionais no Simples, especialmente do setor de serviços.
“Quantos dos senhores são, por exemplo, empresários na área de serviços e
que estão hoje à margem do sistema? O corretor de imóveis, o
representante comercial, os que atuam na área médica. Todos estes ainda
estão excluídos do Simples”.
Para Armando, um outro aperfeiçoamento importante é a garantia de que as
empresas enquadradas no Simples também possam ser beneficiadas com
qualquer outro incentivo fiscal, o que hoje não é possível. “Vejam que
paradoxo. Todos sabemos que a questão da inovação é algo muito
importante no Brasil. E hoje as empresas enquadradas no Simples estão
proibidas de se utilizarem do mecanismo da subvenção econômica, por
exemplo, no que diz respeito ao esforço que elas promovem na área de
inovação”, cobrou, informando que incluiu a proposta em emenda ao PLS
77.
Mais empresas no Crescer – Outro “nó” que deve ser desatado, lembrou
Armando, é a dificuldade de obtenção de crédito por parte dos
microempreendedores brasileiros. “O crédito ainda é travado, inacessível
e curto”, afirmou. Uma proposta apresentada pelo senador foi a
ampliação dos limites das empresas que podem ser beneficiadas pelo
programa de microcrédito Crescer, do Governo Federal, que oferece
empréstimos a taxas de juros de 8% ao ano. Lançado no último mês de
agosto, o programa beneficia empreendedores individuais e microempresas
com faturamento de até R$ 120 mil anuais. “Devemos travar uma luta para
ampliar este limite que contempla as micro e pequenas empresas, de modo a
incluir um segmento maior no programa Crescer”, finalizou.
Também falaram no evento o presidente da Frente Parlamentar Mista da
Micro e Pequena Empresa, deputado federal Pepe Vargas (PT/RS), o 2º
vice-presidente, José Pimentel (PT-CE), o deputado federal Pedro
Eugênio, que preside a Subcomissão de Micro e Pequenas Empresas na
Comissão de Finanças e Tributação, o senador José Pimentel, 2º
vice-presidente (PT-CE), e o deputado estadual Sérgio Leite, que preside
a Frente Parlamentar de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na
Assembléia Legislativa de Pernambuco.
Postado às 08:24 em 04 de Novembro DE 2011
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011
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