Hino de Garanhuns/PE - Alta Definição (HD)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

PTB estimula debate interno sobre o Recife

Rumo a  2012 Líderes trabalhistas abrem discussão sobre candidatura própria na capital, tese que o partido admite com a candidatura à reeleição do prefeito João da Costa (PT)

O PTB já deu inúmeras demonstrações de que pretende seguir com as próprias pernas o caminho para as eleições no Recife em 2012. Ontem, deu mais um passo nesse sentido. O senador Armando Monteiro Neto, líder no partido no Estado, e o vereador Antônio Luiz Neto, presidente da executiva da legenda na capital, se reuniram para iniciar as discussões sobre o Recife. Se, em termos práticos, o encontro não serviu para apresentar nomes, foi, ao menos, uma forma de enfatizar o desejo dos trabalhistas de lançarem uma candidatura própria na capital.

Originalmente integrante da base do governo João da Costa (PT), o PTB começou a dar mostras de insatisfação ainda no início do ano, quando o partido entregou todos os cargos que possuía na PCR. Desde então, tem dado cada vez mais indícios de que correrá de lado oposto ao do PT, caso o atual prefeito seja realmente candidato à reeleição. A história só seria diferente se o candidato petista for o deputado federal João Paulo, que desfruta de bom relacionamento com Armando Monteiro.
Foi uma reunião que definiu nosso próximo passo, que será ouvir outras lideranças do PTB para avaliar a possibilidade de uma candidatura própria no Recife. O partido teve uma votação expressiva e tem uma presença importante no Recife. É hora de fazermos essa avaliação, afirmou Antônio Luiz Neto. Segundo o dirigente trabalhista que também preside o Santa Cruz ainda é cedo para falar sobre que possíveis nomes seriam pré-candidatos do partido embora o do deputado estadual Sílvio Costa Filho já tenha sido ventilado em algumas oportunidades. O nome dele será examinado, mas temos muitas opções e outros podem surgir, disse.

O presidente municipal do PTB prefere não descartar, no entanto, a possibilidade de fazer alianças com outras legendas ao mesmo tempo que vê as candidaturas múltiplas como algo inerente à democracia. O partido tem uma aliança nacional e estadual com o PT, além de outras alianças. Não estamos fechando as portas. Vamos avaliar se vai haver desdobramentos, mais adiante, que possibilitem as alianças, revelou.
Com o PTB já são três os partidos da Frente Popular que demonstram clara intenção de disputar a prefeitura do Recife. O PT que governa a capital há três mandatos e não admite a possibilidade de abrir mão de uma nova candidatura e o PSB são as outras siglas que podem estar envolvidas na disputa.

 Partido trava embates na Frente
Caso o PTB confirme o lançamento de um nome para disputar a eleição do próximo ano no Recife, a capital será apenas mais uma das cidades em que a legenda tenta se fortalecer com palanque próprio. Contando atualmente com 29 prefeituras, crescer esse número significará, também, bater de frente com o maior líder da Frente Popular, o governador Eduardo Campos (PSB), cujo partido tem demonstrado um apetite cada vez mais voraz a caminho de 2012.

Um caso emblemático dessa disputa entre aliados e que causou ruído entre PTB e PSB está presente em Garanhuns (Agreste). No município, os trabalhistas planejam lançar o deputado estadual Izaías Régis para a sucessão do atual prefeito, Luís Carlos de Oliveira (PDT), que está no segundo mandato. No entanto, o prefeito da vizinha Lajedo, Antônio João Dourado (PSB), com a bênção do governador, transferiu seu domicílio para Garanhuns e, provavelmente, protagonizará um embate com o trabalhista.
O caso da suíça pernambucana é apenas um exemplo, que deve ser repetido em Goiana (Mata Norte). O município tem recebido atenção especial dos políticos após o anúncio de que receberá uma montadora da Fiat, e também deve assistir a um duelo PTB x PSB: enquanto os trabalhistas devem lançar Fred da Caixa (que, embora não tenha sido eleito, foi o candidato a deputado estadual mais votado no município em 2010), os socialistas devem entrar com o deputado estadual Aluísio Lessa. Assim como João Dourado, Lessa recebeu o aval do governador para mudar de domicílio e colocar seu nome no páreo.

Apesar desses exemplos, que devem ser repetidos em outros municípios, os líderes das siglas seguem defendendo a aliança e afirmando que, onde for possível, elas caminharão juntas.

 Fonte: Jornal do Commercio

Nenhum comentário:

Postar um comentário