Hino de Garanhuns/PE - Alta Definição (HD)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

GARANHUNS FESTIVAL JAZZ É DESTAQUE NO JC

A folia é na pisada do jazz em Garanhuns


Publicado em 17.02.2010


José Teles
Enviado especial
GARANHUNS – A melhor edição do Garanhuns Jazz Festival terminou com a mais animada noite, e a de maior público de todo o evento. “O primeiro dia já foi melhor que qualquer outro das edições anteriores. Como senti muita dificuldade para produzir esse ano o festival, foi questão de honra enfrentar os obstáculos fazendo o melhor possível”, comentou o produtor do GJF, Giovanni Papaléo, lamentando que o governo do Estado não tenha entrado com patrocínio para a realização do festival, e dizendo vítima do famigerado showgate. “O grande problema é que não sou político, nem faço parte de panelinhas”, alfinetou.

O jazz fusion do Steban Sumar abriu o terceiro dia do GJF, às 21h30, com mesas e cadeira todas ocupadas. O grupo é bom, os músicos tocam bem, mas não vão além do que o estilo pede. No final, o saxofonista Steban Sumar ensaiou passinhos de sambista.

Andréas Kisser, o guitarrista da Sepultura, nem estava aí para a fama que amealhou integrando umas das bandas de heavy metal mais famosas do mundo. Adentrou o palco durante a apresentação da Uptown Band. Com Tico Santa Cruz nos vocais e o pernambucano Guilherme Teles na outra guitarra, ele comandou uma celebração a Raul Seixas e Cazuza, levando todo mundo a pular como se estivesse no Marco Zero durante uma apresentação da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério.

Verdadeiro peladeiro da guitarra, Kisser passou por músicas da Metallica e mostrou que é um dos mais completos do País. Enquanto isso, a segurança bobeou e várias menininhas subiram ao palco e agarraram o detonauta Tico Santa Cruz, que tirou de letra, deixando que as adolescentes fossem retiradas do palco sem truculência da segurança.

O blueseiro de Chicago, Magic Slim, toca uma Gibson, que parece muito pequena para suas mãos enormes (ele tem mais de metro e noventa de altura e, muito pesado, move-se lentamente até o banco onde tocara uma hora e vinte minutos de blues, clássicos, autorais e soul. Passando dos 70 anos, perto do final do show, livra-se da guitarra e deixa que um jovem músico toque, enquanto ele apenas solta o vozeirão rouco. Depois, com a banda argentina do baterista Adrian Flores, entra o guitarrista, Andréas Kisser, claro, dando um verdadeiro show de blues elétrico.

A platéia não arredava pé. Perto de 1h (da madrugada, que fique claro), o ambiente esquentou, com a Big Time Band, do Paraná. Enganou-se que a supunha uma banda nostálgica de suingue. A BTB é uma banda de baile de luxo, e competentíssima. Fazem uma apresentação meio à Broadway. Diversão ou seu dinheiro de volta. Ninguém devolveu o dinheiro, até porque o GJF é gratuito. Começou o Carnaval com Let’s twist again, e já se levantaram da cadeira, jovens e coroas. De big band, somente Take the a train, e In the mood, no mais, a banda passeou por tudo e qualquer coisa que fosse dançante, e de qualidade.

Espécie de Banda do Zé Branquinho, ela estava ali para animar a festa, e foi até de País tropical, de Jorge Ben. Foi um final apoteótico, com o grupo descendo do palco e recriando um Carnaval de New Orleans na praça Guadalajara, com o clássico When the saints go marchin in. Assim terminou a terceira edição do Garanhuns Jazz Festival. Quer dizer terminou ali na praça. O jazz e o blues continuaram até o sol nascer na alternativa Bodega do Massilon e no simpático O Escritório.

Um comentário:

  1. ADIMIRO MUITO O SEU TRABALHO! QUE DEUS TE DEI MUITA SAÚDE E VIDA PRA TORNA ESSA CIDADE CADA VEZ MAIS MARAVILHOSA

    ResponderExcluir