Armando cobra fim de tensão
Recife, sábado, 29 de outubro de 2011
Senador diz que só ao eleitor cabe julgar os candidatos. Procurando distencionar o clima que se instalou em Garanhuns por causa da pré-candidatura do prefeito de Lajedo, Antônio João Dourado (PSB), o senador Armando Monteiro Neto (PTB) disse ontem que não concordava com qualquer posição de intolerância a respeito de novas pré-candidaturas. Logo após o nome do socialista ser colocado oficialmente na disputa, lideranças políticas locais formaram um movimento de repúdio contra a imposição do nome do prefeito de Lajedo, visto como o candidato do governador Eduardo Campos (PSB) na cidade.
O PTB defende a pré-candidatura do deputado estadual Izaias Régis (PTB). “Não cabe repudiar qualquer candidatura. O que cabe é discutir uma agenda para Garanhuns. É ao povo que compete julgar as candidaturas que têm mais legitimidade, mas aderência às aspirações populares”, comentou o senador, logo após participar, na cidade, do Congresso Estadual da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP).
Em sua avaliação, o movimento de repúdio soa como intolerância. “Acho que no processo democrático, todo mundo pode se apresentar como candidato. O que se precisa é fazer um debate qualificado sobre as questões de interesse do município. Ao final, quem vai julgar é o eleitor. Essa é a questão fundamental”, destacou.
Sobre a pré-candidatura do deputado Izaias Régis, considerada simbólica para o partido, Armando assegurou que o PTB entende que o processo sucessório deve estar aberto e que não há reserva de mercado. “Tanto na política quanto na economia, reserva de mercado não dá certo. As pessoas disputam onde entendem que podem, respeitando a lei. Quanto mais opções possa oferecer, melhor. Temos consciência que temos um candidato com enraizamento, que tem uma extensa folha de serviços prestados ao município e identificação com uma agenda de desenvolvimento local”, afirmou.
Ontem, o novo presidente regional do PSB, Sileno Guedes, procurou desvincular a pré-candidatura do prefeito de Lajedo como sendo do Palácio das Princesas. De acordo com o socialista, a decisão de mudar de domicílio eleitoral foi exclusivamente de Antônio João Dourado e não do governo Eduardo Campos.
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