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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Frente: gargalhos para unidade

Presidentes do PT e do PTB discutem a união dos governistas em 2012, mas há alguns gargalhos, como a eleição do Recife
 Dez dias após o encerramento do prazo para troca de partidos e mudança de domicílio eleitoral visando as eleições do próximo ano e de toda a confusão provocada até a data por conta das movimentações das legendas que integram a Frente Popular , os presidentes estaduais do PT, Pedro Eugênio, e do PTB, Armando Monteiro Neto, se reuniram ontem para começar a afinar o discurso e analisar os passos a serem tomados a partir de agora em prol da unidade. Ironicamente, tal encontro ocorreu justamente no dia em que os trabalhistas anunciaram a pré-candidatura do deputado estadual Izaías Régis para a Prefeitura de Garanhuns (Agreste) que é comandada pelo PDT e que deve ter um candidato do PSB, o atual prefeito de Lajedo (Agreste) Antônio João Dourado (ver matéria ao lado).
Em conversa com a imprensa, após o encontro, os líderes das siglas procuraram enfatizar o compromisso que os partidos têm com a manutenção da aliança liderada no Estado pelo governador Eduardo Campos (PSB). No entanto, deixaram claro que existem algumas questões localizadas que naturalmente vão inviabilizar um acordo em alguns municípios incluindo o Recife, onde o senador Armando Monteiro deixou claro que setores do partido defendem uma candidatura própria.

Eu acho que a iniciativa de Pedro Eugênio (de propor a conversa) deve ser entendida como uma disposição que ele afirma, e que nós reconhecemos, com os compromissos e as responsabilidades que temos com a manutenção desta Frente, frisou Armando. Agora, as forças que compõem a Frente têm suas próprias identidades e trajetórias. Reconhecer estas diferenças é algo importante para a manutenção da aliança. O que nós temos que ter é a capacidade política de não fazer com que eventuais divergências municipais e locais comprometam este espírito e as responsabilidades que temos, pontuou o trabalhista.

A questão do Recife é um ponto onde possivelmente não haverá acordo entre os dois partidos o que ficou claro no discurso de ambos. A prefeitura da capital é emblemática para o PT, que desde 2001 está no comando. O PTB integrava a atual gestão, mas o partido entregou todos os cargos e deixou de participar do governo João da Costa (PT). As questões locais vão ser tratadas no seu momento próprio. É claro que a do Recife é uma questão importante, pelo que o Recife representa. Nesse momento, há uma indicação de que há setores do nosso partidos e de outros partidos da Frente cogitando candidaturas próprias. Mas é ainda algo embrionário, destacou Armando.
Pedro Eugênio, por sua vez, afirmou que essa foi só a primeira conversa e que muitas outras devem acontecer. Mas, claro, o partido não abre mão da capital. O PT no Recife defende que nós façamos um esforço para termos uma candidatura unitária. E entendemos que isso se dê em torno da candidatura do PT. Tem muitos pré-candidatos, é natural, é legítimo que os partidos se coloquem com pré-candidaturas, mas o PT está no comando da Prefeitura, e entendemos que devamos continuar à frente dela.

A ideia de Pedro Eugênio é de repetir com os presidentes de outros partidos da aliança o encontro que realizou com Armando Monteiro. E o próximo já tem data marcada: próxima sexta-feira (21), com o presidente estadual do PSB, o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho.

Fonte: Jornal do Commercio

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